quinta-feira, 17 de março de 2011

Birras das Crianças em Fase Escolar...

O que fazer quando a sua criança começar a apresentar birras estando na fase escolar?

Hoje estava lendo uma matéria sobre crianças em fase escolar. Dizem que a depressão pode acarretar diversos problemas no aprendizado da criança e influenciar no seu desenvolvimento e comportamento durante a adolescência e a fase adulta. Então pensei: - Será que a depressão atinge mesmo as crianças em fase escolar, não seria apenas birra? Pediatras alegam que além disso, muitas vezes a depressão está associada ao TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade - presente em cerca de 5% a 13% da população infantil.

Estudos realizados no Brasil apontam que cerca de 14% das crianças com TDAH apresentam depressão. Se levarmos em conta a possibilidade de ocorrência de um episódio depressivo ao longo da vida da criança com TDAH essa porcentagem é absurdamente maior. A conseqüência dessa associação do TDAH com a depressão na infância e adolescência é o agravamento de ambos os transtornos e menor eficácia do tratamento instituído, revela Dr. Marco Arruda - neurologista da infância e adolescência do Instituto Glia.

Muitos motivos podem levar a criança a um quadro de depressão, como genéticos, químicos cerebrais e ambientais. A depressão pode se manifestar na infância, até mesmo em crianças pré-escolares, com menos de seis anos de idade. Nessa faixa etária, ela ocorre em uma de cada 100 crianças da população geral. Na fase escolar, entre duas e quatro de 100 e em adolescentes, em torno de cinco a oito. Para atenção dos pais, a depressão na infância ocorre na mesma freqüência em ambos os sexos, mas a partir da adolescência até a vida adulta ela é mais freqüente no sexo feminino, alerta Dr. Arruda.

Perceber a depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com birra ou falta de educação, mau humor e agressividade. Porém, alguns comportamentos ajudam a indicar se uma criança está ou não deprimida. Os principais sintomas são: tristeza, negativismo, irritabilidade, falta de iniciativa e perda do interesse por coisas que anteriormente essa criança ou adolescente gostava. Muitas vezes associam-se sintomas físicos como cansaço, fadiga, dor de cabeça e alterações do sono e do apetite.

A criança fica mais lenta e desatenta, cai o desempenho e surgem conflitos em decorrência de mudanças bruscas do humor (como explosões de raiva) ou tendência ao isolamento social. Outra manifestação bastante freqüente é o sentimento de baixa auto-estima, seja em relação aos cuidados pessoais ou a confiança em si próprio. Nos casos graves pode chegar a provocar comportamentos de risco (sexo, drogas e direção perigosa de automóveis) e até atos suicidas.

Apesar dos melhores resultados do tratamento da depressão na infância, quando comparada com outras fases da vida, sabe-se que a sua ocorrência nessa fase etária precoce anuncia a grande chance de recorrência do mesmo quadro na vida adulta. Dessa forma, pais e professores precisam ficar atentos para os sintomas da depressão na infância e adolescência, pois muitas vezes são diferentes daqueles apresentados pelo adulto ou pela pessoa idosa. Deve-se buscar orientação adequada para que superem os medos e preconceitos sobre esse problema. Só assim estarão capacitados a identificar precocemente o quadro, encaminhar a criança para uma avaliação e tratamento especializado, bem como auxiliar consideravelmente no tratamento deste transtorno mental, afirma Dr. Arruda.

O Dr. Arruda destaca alguns cuidados na educação dos filhos que são bastante úteis nesse sentido:

1) Eduque seus filhos para a resiliência. Ser resiliente significa ter a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental. A criança resiliente é capaz de sofrer impactos de eventos ocorridos na vida e não se deformar. Ela é proativa, otimista, tolera bem as frustrações e sabe adiar recompensas.

2) Eduque seus filhos para a autonomia com um forte senso de identidade e auto-estima positiva. Procure desenvolver neles independência e capacidade de autocontrole.

3) Eduque seus filhos para que tenham competência social. Para isso precisam ser flexíveis, sensíveis, atenciosos e com habilidade para demonstrar suas emoções e bom humor.

4) Eduque seus filhos para que tenham competência para resolver problemas. Para isso precisam saber pensar de forma crítica, elaborar alternativas buscando soluções para suas necessidades, bem como buscar ajuda quando não conseguem encontrar uma solução.

5) Procure intensamente a harmonia e o otimismo no ambiente familiar, isso irá colaborar muito com os aspectos relacionados acima.

6) Procure estar sempre bastante envolvido com os seus filhos, só assim poderá ter empatia com eles.
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Todas essas dicas do Dr. poderão lhe ajudar a se aproximar mais de seus filhos e saber entender o momento em que eles mais precisam de você, afinal, quando não conhecemos os nossos filhos, eles se fecham para nós assim como se fecham para o mundo e a consequência dessa vida de tristeza e isolamento, fatalmente os levará a depressão.
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LEMBRE-SE: Você é tudo o que existe de mais importante para as suas crianças e o que se torna importante, deve-se manter sempre presente...

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